<$Blá blá blá$>

quarta-feira, abril 06, 2005

Levar o quê? Dessa vida, nada!

Engraçado como os pensamentos vão e voltam na minha cabeça. É como se eu ficasse ruminando eles por tempos, e uma hora eles me voltam a boca!
Todo mundo já ouviu alguma tia mais velha ou avó, enfim, dizer: "desse mundo não se leva nada", e veja que eles não mentiram. Diferente do que criam os egípcios que faziam tumbas com todo tipo de sustento (comida, roupa, ouro) para suas múmias poderem descansar em paz, a verdade é que sabemos que do pó viemos e, não tem escape, ao pó voltaremos. Com isso em mente acabo sempre me indiganando com a vida que eu levo.
Sempre queria ter mais tempo praquilo que realmente importa (lembra do texto de ontem?!). Pros amigos, sair, dar risada, comer até cansar de comer! Ir mais ao cinema, ao teatro, aos shows. Ler mais livros, de todos os tipo, leitura nunca é demais. Namorar muito mais, fazer cafuné, deitar no colo, andar de mãos dadas ao pôr do sol. Tirar fotos, muitas fotos, de todas as poses, todos os ângulos. Ver as flores, ouvir os bichos, sentir os cheiros, tocar as formas... sei lá! Há tanto prazer, tanto para ser feito, pra ser provado, lido, assistido, tocado, ouvido, cantado, um mundo inteiro pra se conhecer e tão pouco tempo pra realizar.
Definitivamente eu não vim ao mundo à trabalho. Ele mantém meus sonhos, compra meus desejos, alimenta meu corpo. Mas não satisfaz minha alma, não faz crescer meu espírito. Calma, com isso não estou querendo dizer que não gosto do meu trabalho, ou de trabalhar, só continuo afirmando que há mais, muito mais além disso. E eu quero! Quero tudo que a vida tem pra me dar, mostar, ensinar e etc. Tenho aquela sensação de que cada segundo parada é um segundo desperdiçado que não volta. Por isso que não consigo entender (respeito, mas não entendo) perder tão precioso tempo nos escritórios, nas reuniões, no stress das obrigações e fazer disso a prioridade na vida.
Talvez eu ainda seja uma menininha com complexo de Peter-Pan, sim ele foi o herói da minha infância. O não crescer, o nunca precisar fazer as coisas (por obrigação), mas fazer o que se gosta, o que nos realiza. Talvez isso seja também apenas uma lembrança de uma história de criança, mas que eu quero guardar bem viva, pra que ainda que não seja o meu norte, seja uma das faces desse meu espelho em pedaços, que sempre vai refletir conforme seja visto.
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prazer = do Lat. placere/ s. m./ alegria/ jovialidade/ satisfação/ delícia/ aprazimento/ agrado/ entretenimento/ divertimento/ volúpia
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2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Vc usou as palavras mais certas pra escrever tudo o que eu tentei no meu blog...

É, ontem eu tinha razão sobre a maravilha que seria esse texto...

Bjos e Shalom :)

7:55 AM  
Blogger Saulo Mileti said...

E ainda dizem que "O trabalho Edifica o Homem"...

HAHAHAHAHAHAHAHAHA!
Beijo, nenem.

8:54 PM  

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