<$Blá blá blá$>

quinta-feira, maio 19, 2005

Pluma ao vento!

De todas as coisas que eu aprendi ou preciso aprender efetivamente eu sinto essas:
Preciso aprender a controlar a minha intensidade. Traço que é absolutamente positivo, e agradável, mas que definitivamente precisa ser moldado. Nem sempre ser absoluta e completamente intensa é igualmente saudável. A sociedade "normal" agradece.
Nem todos os momentos da vida são reais. Alguns deles são apenas reflexos distorcidos de uma alma refletida em espelho quebrado. E ironicamente na maior parte desses nos sentimos realmente vivos. Na dor, no pesar, na saudade... porque não na felicidade, no contentamento?! Quando nos sentimos realmente vivos?
Meu maior juiz, e quem mais exige de mim sou eu mesma. Isso definitivamente também é o que me destrói. Tarefa urgente-urgentíssima: aprender que não preciso provar nada, especialmente pra mim.
Os acontecimentos virão, independente de mim ou do meu esforço para concretizá-los ou evitá-los, a única coisa que partirá de mim é como eles me atingirão e como ficarei depois deles. Lição a ser aprendida com as árvores centenárias: suportam todos os tipos de ventos, porém permanecem.
Olhar pra si mesmo não é sinônimo de egoísmo. Na verdade pode ser sinônimo de coragem e bravura. As grandes respostas e maiores desafios estarão lado a lado no meio do peito. Basta ter o bom senso de considerá-las e não sufocá-las.
Infelizmente conhecer-se bem vai muito mais além de saber o melhor café a tomar, ou a cor que combina mais com seu tom de pele. E tal feito é um trabalho de longo prazo, diria vitalício. Como a cada manhã eu acordo e descubro que meu rosto tem muito mais que uma nova ruga pra me mostrar. Adoro ser sensível à mim, mas preciso de mais ainda.
Mas só conhecer-se não basta sem o respeitar-se. Já disse um dia que não desprezo nada de mim, ou ao menos tento não fazê-lo. Cada detalhe, cada sussurro é tão importante, tão vital pra que a essência não seja perdida. Já há tanto que a despreze, não serei outra a fazê-lo. Manterei o brilho no olho e o rubror dos lábios.
Toda a fase ruim será balanceada com a boa, mas ainda assim o sorriso se fará em pranto outra vez, que se desfará (se é que existe essa palavra!) em um largo sorriso novamente. É um ciclo. A regra que não existe é a duração de cada uma.
A vida deve ser vivida sim, e não abrirei mão disso, ainda que queira. A força que há em mim pra desistir é nada comparada ao oposto. Mesmo que tenha falhado uma ou três vezes, posso dizer que venci por outras quatro. Isso basta.
Último parágrafo pra dizer que as palavras nunca cessarão de formar-se na minha boca, portanto ainda que eu queira calar, sempre haverá muito mais de onde vieram as outras! Portanto deixarei esse texto assim... como uma pluma solta no ar, sem um fim. Afinal nunca o terá.

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sem definições hoje, só agradecimentos:
pra Duca e Teca que me fizeram ver metade dessas coisas,
pra Lala que me fez ver a outra metade!
Meu sincero: obrigada!
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quarta-feira, maio 11, 2005

A vida é filme!

Tantas vezes tenho a sensação de que minha vida é um filme. Daqueles com problemas de orçamento onde a criatividade é elemento de primeira necessidade, além de um roteiro indefinido, cujo qual sofre alterações em pleno processo de gravação. Tantas e várias vezes personagens que morreram no início da trama reaparessem como que milagrosamente, o mocinho vira bandido e vice-versa, o figurante passa a ser candidato ao oscar de coadjuvante, e até mesmo a protagonista (que vos fala) tende a ser figurante na multidão de milhão (como na luta Mordor em Senhor dos Anéis!).
Pode até ser que eu seja uma completa viciada em cinema, mas não foi uma nem duas vezes em que determinado acontecimento me lembrou uma cena de filme ou me fez pensar: que cena... deveria ter filmado! Em outras quase posso ouvir a trilha sonora, que varia tanto quanto o meu humor, os cenários, e o clima da cidade principal.
A verdade é que eu gosto mesmo de ser esse filme ambulante, gosto das variantes, gosto dos risos, das lágrimas, de (quase) todos os coadjuvantes e figurantes, adoro as mudanças de cenários, as cenas não ensaiadas, os improvisos, as surpresas no set, amo os romances de outono/inverno, as reinvenções do amor, andar de mãos dadas no cenário amarelo sol, o calor que vem de dentro.

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cinéfilo = de cine + Gr. phílos amigo/ s. m./ amador de cinema

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